Quando estamos longe da nossa Terra, do nosso País, e encontramos um paisano nosso, essa pessoa é uma pessoa amiga; comigo acontece e creio que com a maioria daqueles que como eu, passam meses sem ouvir falar o nosso idioma. Mas quando conversando, se dá conta que essa pessoa é do mesmo concelho, da mesma freguesia, ou até da mesma localidade, então passa a ser como família. Isto vem a propósito do seguinte: Hoje, já quase no final do Longo Curso, ligou para o Luís Henrique um emigrante nos USA. Já tinha ouvido algumas vezes, noutras ocasiões este nosso conterrâneo do concelho de Alvaiázere. Mas hoje a conversa foi mais esmiuçada, e fiquei a saber, com uma alegria incalculável, que o Jacinto (seu nome) é natural da Pombaría (Alvaiázere).
Agora conto um pouquinho da história da minha infância: Nasci numa localidade chamada Lameiras, freguesia de Paio Mendes, concelho de Ferreira do Zêzere; tinha eu dois anos de idade, a minha Mãe morreu. Naquele tempo, (1950) quem por norma moral tomava conta dos órfãos, eram os Padrinhos; pois bem, o Padrinho e tio José Braz, irmão da minha Mãe, morava na Vela, e o outro meu tio, António Braz, morava precisamente na Pombaria, onde eu me deslocava constantemente, pois era a mascote daquela gente, por ser a única criança e ainda por ter ficado sem Mãe; quem não conhecia o Luizito?!
Hoje senti uma emoção quando o Jacinto falou da sua Terra; vizinho do meu saudoso tio António Braz, pessoa muito estimada, e certamente se reuniu alguma vez na adega dele, onde servia aos amigos uma óptima “pomada” por ele produzida.
O meu Padrinho José Braz, e o meu tio António Braz, viajaram há pouco tempo para junto da minha Mãe e dos outros cinco restantes irmãos. Deixaram enorme saudade, por terem vivido uma Vida exemplar, respeitada e respeitadora!
É assim a magia da rádio! Obrigado RDP. Obrigado Longo Curso. Obrigado Luís Henrique, por nos trazer emoções como esta, e que nos fazem vibrar.
Luís Braz
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