À minha maneira, graças a “deus” sou ateu mas não fundamentalista, ou fanático, (talvez este sinónimo soe melhor)!! O meu “deus”, são as pessoas de quem gosto e que gostam de mim. O meu “deus”, são as pessoas que precisam da minha ajuda e que eu tenho a possibilidade de ajudar, mesmo nas mais insignificantes coisas. O meu “deus” é o respeito que devo em todas as circunstancias ao meu semelhante! Estes são os “deuses” da minha religião!
Teria mais para dizer, pois conheci algumas religiões “por dentro” mas para não ferir susceptibilidades fico por aqui, mas revoltado ao ouvir ou ver estas atrocidades cometidas em nome de um “deus”.
Luis Braz ribeiro
COMENTARIO A ESTE TEXTO DE LUIS BRAZ RIBEIRO, POR ANDREA MARTINS:
Bem, alguma vez tinha que passar e, neste sentido, em quanto a este tema, tenho que discernir já que, sou católica e estou muito orgulhosa do que sou...
Primeiramente, porque acredito muito, muitíssimo em Deus e, sempre o encontrei quando precissava de força para voltar a levantar-me e superar momentos difíceis na minha vida!!
Segundo porque esta religião ensinou-me tolerância em relação às pessoas que não pensam da mesma maneira que eu e, é por isso que, donde há uma maioría de catolicismo convivem também outras religiões...
Outra coisa diferente é as culturas próprias de cada país já que reconheço que, devido a amplitude que abarcou o catolicismo, existe em países com ideias tão dispares e tradições tão diferentes que, possívelmente, apenas tenham muito que ver com a minha maneira de viver a vida!!
Por qué? Básicamente porque o catolicismo formou parte das culturas próprias de cada cidadão.
Quando me perguntam qué raios passa em tal país e por qué é que se comportam de tal maneira a minha resposta é simples: Quantas pessoas são em casa? levas-te bem com todos eles? têm as mesmas ideias todos os da família?? E deste modo é fácil ver a dificultade que existe para levar a um ponto comúm todas essas diferenças étnicas, culturáis, tradicionáis, etc.
É lógico pensar que não gosto ouvir falar da inquisição porque sou consciente de que foi uma coisa muito mal feita mas, graças a Deus, evolucionamos em muitos aspectos, não como outras religiões que, vendo que existem outras alternativas e têm uma mesma directriz e tradições, línguas, culturas, etc. não querem nem saber nem ouvir falar do assunto....
Fala-se muito em Portugal do tema do abuso sexual de alguns Padres católicos e é uma coisa detestável mas, já lhe digo que isto se está a julgar porque o catolicismo está em contra e quere que isto não aconteça do mesmo modo que, também eu podería dizer-lhe que também ouví a mesma quantidade de casos de professores (que passam 8 horas mínimo com os noss@s filh@s) que abussam de crianças mas, isto não foi tão divulgado...
Se calhar porque há alguns anos parece que se nos está a perseguir como se fóssemos leprosos!!!
Já começam a aparescer pintadas nas Igrejas (também aconteceu em um centro tão Sagrado para os creentes como é Fátima) com símbolos muçulmanos... e também casos em que entraram em Igrejas e comezaram a gritar e fazer escândalos lá dentro...
Mas, só se lembram da Inquisição e não estão a ver que, nestas alturas de crisis é que se vai a associações como Cáritas para pedir ajuda... e digo-lhe isto também porque soube de uma conhecida que, vendo que não tinha nem dinheiro para comer resolveu ir até as Igrejas ainda que odiava todo o relacionado com elas
São muitos católicos os que estão a dar a cara em zonas tão desalmadas como essas que foram abatidas por desastres naturáis donde, uma vez passada a notícia paresce que ninguém se lembra delas!!
São Padres e Freiras quem vão arriscando a sua própria vida para zonas da Áfria e da Asia para dar assistência médica e educação aos mais desvalidos!!
Conheço gente jovem católica que passa as súas férias em zonas perdidas trabalhando na construção de casas, colégios, etc em povoações donde não têm apenas nada...
Não, não me fale do passado. Fale do presente e, não se esqueça do futuro!! Porque, se há uma realidade é que, se pensar em que precissamente é nesses países católicos donde há uma maioría de libertade (já não quero entrar em que os políticos tenham pouca vergonha e sejam uns dictadores) é precissamente nos católicos.
Até nos EEUU cuja Constituição diz claramente que são ateus têm todos os seus organismos com a frase: "Em Deus creemos" e também têm que pôr a mão sobre a Bíblia quando vão testificar a um juíço!!
Porque, eu estive na Zona Cero e, acredite que o silêncio dos slides do seu pps era o mesmo que imperava nessa zona ainda que havía muitos visitantes...
Porque eu passei por Madrid em comboio um ano depóis do atentado do 11M.
Assim que não me fale da Inquisição quando estamos a ver os acontecimentos presentes que, curiosamente, ninguém está a tomar a sério!!
Também não compreendo como a dia de hoje alguém pode dizer que Espanha não é católica quando foi unificada por Isabel e Fernando, também conhecidos como os Reis Católicos!!
Sou católica e a muita honra mas, sinceiramente, a parte das suas creenças, com as quais não estou em disconformidade, ei de insistir em que não faça comparações com o islãm já que se nós há séculos deichamos atrás a Inquisição, eles ainda continúam com a ablação, a lapidação e sem reconhecer os Direitos Humanos básicos para a vida e a dignidade de qualquer pessoa!!!
Quando um cristão tenha a mesma libertade de passear por uma mezquita igual que um mouro por uma Igreja é que, tal vez, poderemos falar de paralelismos mas, ambos dois sabemos que isto é impossível a curto e longo prazo!!
Com muita honra de ser católica,
Andreia
Comprometid@ con el Derecho a Vivir
http://derechoavivir.org/
RESPOSTA DE LUIS BRAZ RIBEIRO:
ESTIMADA ANDREA:
Oxalá (estou a usar o nome de um DEUS) todas as pessoas de todas as religiões ou dogmas tivessem a sua convicção interpretação e RESPEITO que expõe tão perfeitamente neste seu texto. OBRIGADO pelo carácter bem vincado e bem assente que demonstra nele.
Com o meu chapéu tirado em sinal de RESPEITO e ADMIRAÇÃO por si, destaco a parte seguinte do meu texto, dedicando-lha:
"O meu “deus”, são as pessoas que precisam da minha ajuda e que eu tenho a possibilidade de ajudar, mesmo nas mais insignificantes coisas. O meu “DEUS” é o respeito que devo em todas as circunstancias ao meu semelhante! Estes são os “deuses” da minha religião!"
Luís Braz Ribeiro
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